Semana do Meio Ambiente: Tecer Futuros com Educação, Diálogo e Ação

Estamos no limite! A crise climática, a perda de biodiversidade e a desigualdade social exigem uma transformação urgente rumo à sustentabilidade. Nesta Semana Nacional do Meio Ambiente, celebrada de 1º a 5 de junho, temos muitos motivos para falar sobre o nosso ambiente, tanto natural como social.

O dia 3 de junho marca o Dia Nacional da Educação Ambiental. Este não é um tema secundário, mas o alicerce transformador que precisamos. A Educação Ambiental (EA) vai além de ensinar sobre ecossistemas. É um processo contínuo que busca formar cidadãos críticos e conscientes de seu papel na ecologia do planeta e na sociedade, capazes de questionar padrões injustos e insustentáveis.

Como um princípio inerente, a EA trabalha para despertar o senso de pertencimento, responsabilidade e empoderamento necessário para que cada indivíduo e comunidade se tornem agentes ativos na construção de sociedades verdadeiramente sustentáveis, justas e resilientes.

A educação, além de outras coisas, é a forma pela qual uma sociedade transmite parte importante do seu legado cultural para as futuras gerações. Sem ela a própria sociedade perde um componente fundamental para o seu funcionamento. Precisamos de uma educação (e, por extensão, uma EA) de qualidade para termos uma sociedade saudável, bem estruturada e capaz de acolher a todos/as.

Porém, para avançarmos para um futuro sustentável, precisamos também olhar para o passado. Hoje (dia 3 de junho) celebramos também um marco histórico importante, que moldou nossa visão atual: o Aniversário da Rio-92 (ou ECO-92, ou ainda Cúpula da Terra). Realizada há 33 anos, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento foi muito mais que um encontro de líderes. Foi um exercício civilizatório extraordinário de diálogo global, embora tenha gerado poucos resultados práticos.

Ao reunir 176 países, além de cerca de 1400 ONGs e milhares de participantes independentes, pela primeira vez, nações do mundo inteiro, representando uma imensa diversidade de realidades e visões, sentaram-se para tentar construir uma agenda comum para o planeta. A Rio-92 nos legou conceitos fundamentais como o Desenvolvimento Sustentável e documentos cruciais como a Agenda 21 e as Convenções sobre Mudança do Clima e Biodiversidade.

Ela demonstrou que, apesar das diferenças, é possível reunir na mesma mesa de diálogo a diversidade de visões de mundo que habitam nosso planeta e construir uma agenda comum. Este foi um exercício civilizatório importante! Foi, portanto, um exercício de governança multilateral, algo essencial para enfrentamento dos desafios planetários contemporâneos.

É claro que ainda precisamos avançar muito, pois o maior desafio tem sido colocar em prática as agendas internacionais criadas desde então. Mas, sem sombra de dúvida, a Rio-92 demonstrou que a questão ambiental já era na época uma preocupação global. E desde a década de 1990 — e até mesmo antes —, os alertas lançados vêm se materializando, seja nas mudanças climáticas, seja na sexta extinção em massa ou em outras das fronteiras planetárias que estamos transgredindo. E isto vem acontecendo mais rápido do que se pensava, tornando nosso horizonte de tempo para agir cada vez mais estreito.

Por isso, além de refletir, precisamos agir coletivamente. E o caminho fundamental para essa grande mudança começa pelas pequenas ações individuais e as grandes decisões dos líderes e autoridades. Porém, precisamos entender o que queremos mudar para que a mudança faça sentido e encontremos a motivação para agir. Esse é o papel da Educação Ambiental: Nos ajudar a refletir e orientar a ação.

Este ano temos a oportunidade de retomar o diálogo internacional sobre as mudanças globais na COP-30, que acontecerá em novembro no Brasil, em Belém (PA). Mas, não precisamos esperar a COP-30 para fazer alguma coisa. Podemos implementar pequenas ações em nosso dia a dia. E juntas, as muitas pequenas ações podem gerar um grande impacto positivo. Por exemplo, aproveitando o Dia Mundial da Bicicleta, aqueles que podem substituir o deslocamento com veículos a motor por bicicletas, mesmo que seja uma ou duas vezes por semana, contribuirá significativamente.

É claro que não estou defendendo que a responsabilidade é do indivíduo. O desafio da sustentabilidade é uma tarefa da sociedade como um todo, e isso coloca a maior responsabilidade nas autoridades políticas, que são os mediadores e facilitadores do metabolismo social. Contudo, os múltiplos efeitos borboleta das muitas pequenas ações que podem surgir darão um impulso importante para as mudanças necessárias.

Por isso, nesta semana do meio ambiente adote uma pequena mudança de hábito, seja incorporando a bicicleta na rotina semanal ou contribuindo para a separação do lixo em casa ou, ainda, reaproveitando itens ainda funcionais que seriam descartados por já não serem novos, dentre tantas outras pequenos hábitos e atitudes que podemos incorporar em nossa rotina.

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